Para eliminar o mosquito transmissor, Estado inicia aplicação de fumacê; Engajamento da população é essencial
Apesar de todos os esforços do Governo Municipal, que tem empenhado seus recursos humanos e de infraestrutura, para a erradicação do Aedes aegypti, o transmissor da dengue, a Capital do Vestuário alcançou o nível epidêmico. Com 262 casos confirmados da doença, sendo 258 autóctones e quatro importados, Cianorte integra a lista de cidades paranaenses com índices preocupantes.
Para eliminar os mosquitos, o Governo do Estado enviou dois veículos com nebulizadores para a aplicação do inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como fumacê e que é eficiente na erradicação do Aedes aegypti adulto. Mais dois automóveis estão sendo esperados pela Secretaria Municipal de Saúde e podem chegar à cidade a qualquer momento. A primeira localidade a receber a ação, na tarde desta segunda-feira (19), foi o Conjunto Luiz Ovídio Franzoni, na Vila Sete, onde foram registrados 102 casos da doença. O serviço será prestado em todos os bairros e distritos em dois períodos, entre as 6h e as 10h e das 16h 30min às 22h.
“Estes são horários em que os mosquitos estão ativos, voando e propensos às picadas. Durante o dia, quando o calor é mais intenso eles costumam se esconder, o que diminui a eficiência do UBV, que é aplicado pelo ar. Assim, fazemos um apelo à população, pedindo para que contribua com o serviço prestado, abrindo portas e janelas durante estes períodos do dia, para que o veneno entre e mate os mosquitos adultos alojados dentro das residências”, solicitou a supervisora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Vera Lucia Fusisawa.
“O fumacê não apresenta risco à saúde da população, pois a concentração do inseticida é devidamente estipulada para que afete apenas os mosquitos, se dissipando rapidamente no ar. No entanto, recomendamos que as pessoas não fiquem expostas ao nebulizador e que protejam os alimentos, pássaros e vasilhas de água dos animais”, destacou a chefe da Divisão de Prevenção à Saúde, Heloisa Dantas.
“Lembramos que o fumacê é destinado a matar os mosquitos já adultos e não as larvas, portanto, as ações particulares de combate aos criadouros, ou seja, locais e recipientes com capacidade de acumular água, devem continuar. Cada pessoa é responsável pela fiscalização de seu espaço e a constatação de focos dos mosquitos geram autuações de R$ 92,60 para as residências, R$ 277,80 para os terrenos e R$ 926,04 para os comércios”, alertou o secretário municipal de saúde, Rogério Sossai.
Já o prefeito Bongiorno, ressaltou que por mais intensa que seja a atuação do Governo Municipal no combate à dengue, o engajamento da população é decisivo. “Esta é uma questão de consciência, zelo e responsabilidade social, pois cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências e tem muita gente que espera a visita dos agentes para que eles destruam os focos. Outro agravante é o descarte irregular do lixo que gera recipientes propícios ao desenvolvimento do mosquito. Os cianortenses precisam descruzar os braços e agir. A luta contra a dengue é de todos e, para vencermos, cada um tem que fazer a sua parte”, afirmou.